SOMOS UMA NAÇÃO JOVEM IMPEDIDA DE AMADURECER

Texto escrito para atender exigência do curso de Jornalimo, em 7 de Fevereiro de 2022

 


Mesmo tendo pouco mais de 500 anos de existência reconhecida, nossa nação é demasiadamente jovem, e esta situação se determina em muitos aspectos do que vem a ser uma verdadeira nação, um país com formatizações adequadas a conviver na comunidade mundial. Com esta condição inferiorizante em relação, inclusive, com países nossos vizinhos, que tiveram outra história em relação aos seus colonizadores, a nossa siutação se agrava com o fato de sermos um grende mercado consumidor, o que atrai com muita ganância, os interesses de países que se fizeram poderosos impondo seus interesses, de muitas formas, em nosso contexto e desenvolvimento.


Com este entendimento, fica muito fácil compreender as respostas óbvias às questões que nos são presentes e apresentadas a seguir. 


TEXTO AUXILIAR
NASSI-CALÒ, L. Estudo aponta que artigos publicados em inglês atraem mais citações [online]. SciELO em Perspectiva, 2016 [viewed 07 February 2022]. Available from: https://blog.scielo.org/blog/2016/11/04/estudo-aponta-que-artigos-publicados-em-ingles-atraem-mais-citacoes/


a) Como a cidadania é experimentada no Brasil?

Não há, nunca houve, verdadeiramente, interesse cultural de promover o que seja cidadania. Somos um povo pobre a este respeito, desconhecedor do que seja isto, e de como fazer isto ser realidade em nosso meio. Como os países da América Latina, crescemos dentro de limites que sempre nos foram impostos por países maiores, em muitos entidos, que entenderam e continuam nesta visão, de que somos extensões pobres, porém fiéis, aos interesses comerciais. Ensinar cidadania, promover isto, seria atuar contra estes tais interesses. Da mesma forma que nordestinos crescem admirando e supervalorizando o sul e suas muitas produções, o nosso país, e demais países latinos dests continentes americanos, são resultado de muitas décadas de um trabalho profínquo de anticidadania. Nos foi "encucado" que o bom sempre vem da "outra América". Circunstâncias assim exprimem um trabalho contínuo e eficaz contra qualquer ideia de cidadania que o Brasil pudesse tentar desenvolver. Recentemente uma autoridade nacional, diante da bandeira de outro país, bateu continência demonstrando, claramente, o que significa cidadania em nosso contexto nacional.
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TEXTO AUXILIAR
Monteiro, Jéssica OliveiraQue a universidade se pinte de povo* * O título se refere a um discurso de Ernesto Che Guevara na Universidade de Las Villas, em Cuba, em 28 de dezembro de 1959. . Serviço Social & Sociedade [online]. 2017, n. 129 [Acessado 7 Fevereiro 2022] , pp. 265-284. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0101-6628.108>. ISSN 2317-6318. https://doi.org/10.1590/0101-6628.108.

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COSTA, M.I.S., and IANNI, A.M.Z. O conceito de cidadania. In: Individualização, cidadania e inclusão na sociedade contemporânea: uma análise teórica [online]. São Bernardo do Campo, SP: Editora UFABC, 2018, pp. 43-73. ISBN: 978-85-68576-95-3. https://doi.org/10.7476/9788568576953.0003.




b) Qual seria a melhor forma de ter os direitos da Constituição respeitados? Por que abolir essa Constituição não seria o melhor caminho?

Cidadania não é o desmerecimento das virtudes alheias, pelo contrário, inclui o respeito completo aos valores de outras nações, exatamente o querer aos outros, o que gostaríamos que fossem e fizessem com a gente. Cidadania é respeito, também, aos valores nacionais, aos direitos alheios, as diferenças que existem e precisam existir, entre as pessoas, as crenças, as opções, opiniões, interesses, e comportamentos. Cidadania é abrir mão de si, para a convivência sadia com o coletivo. Só havendo cidadania madura, na maioria das pessoas é que direitos em geral, inclusive os da Constituição, são respeitados, principalmente esta nossa atual que é, e se mostra, digna do apelido que recebe: "Constituição Cidadã". Este apelido, muito apropriado, responde em parte a segunda pergunta desta questão. Na atual circunstância de nosso país e de nossa gente, seria impossível produzirmos uma Lei Magna que fosse melhor que a nossa atual. Saindo do Golpe Militar que estávamos, ainda mais com a alienante propaganda de "Revolução", aquele momento foi o ideal para chegarmos à Constituição que conseguimos.

TEXTO AUXILIAR
Souza, Venceslau Alves deDireitos no Brasil: necessidade de um choque de cidadania. Revista de Sociologia e Política [online]. 2006, n. 27 [Acessado 7 Fevereiro 2022] , pp. 211-214. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0104-44782006000200016>. Epub 17 Maio 2007. ISSN 1678-9873. https://doi.org/10.1590/S0104-44782006000200016.


c) Na área de atuação profissional do seu curso, cite um exemplo da importância de compreender mais sobre a sociedade brasileira e a cidadania.

O jornalismo brasileiro é, talvez, o maior responsável pela nossa condição anticidadã nacional. Os proprietários das mídias ganham muito com uma nação não cidadã. Fica muito fácil controlar multidões através destas mídias que dirigem as informações no país. Além disto, tais meios de comunicação em nossa pátria são de propriedade direta ou indireta de políticos que se mostraram, e continuam se mostrando fiéis aos interesses de uma oligarquia que se beneficia muito com a falta de cidadnia nacional. Ainda mais complicado fica tudo isto, quando tais meios de comunicação dependem do financiamento permanente destas oligarquias, através de propagandas e outras atividades legais ou ilegais. 


O jornalismo se torna cúmplice de tudo isto, quando, por salários ou outros interesses, se fazem aliados desta situação onde a cidadania é algo perigoso, ameaçador, adversário, inimigo do lucro, opositor aos interesses internacionais. Por issto, o jornalista precisa em sua formação, e no desenrolar de suas atividades profissionais, atuar muito mais fora do ambiente da redação, no contato e necessidades do povo, na convivência com a falta de cidadania tão proeminente nas relações sociais, para que seja mais apurado na informação que dá, entendendo seu papel essencial, acima dos interesses do patrão, das mídias, do capital sustentador da comunicação. 


O jornalismo deve ser um intérprete fiel dos acontecimentos, e não um porta voz alienante dos manipuladores egocêntricos de tais acontecimentos.


TEXTOS AUXILIARES
​MATTA, J. M. Q. and FLORÊNCIO, F. J. S. O. Jornalismo, informação e práticas de cidadania sob a perspectiva da pesquisa em comunicação [online]. SciELO em Perspectiva: Humanas, 2020 [viewed 07 February 2022]. Available from: https://humanas.blog.scielo.org/blog/2020/07/16/jornalismo-informacao-e-praticas-de-cidadania-sob-a-perspectiva-da-pesquisa-em-comunicacao/
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Kucinski, BernardoJornalismo, saúde e cidadania. Interface - Comunicação, Saúde, Educação [online]. 2000, v. 4, n. 6 [Acessado 7 Fevereiro 2022] , pp. 181-186. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1414-32832000000100025>. Epub 29 Jun 2009. ISSN 1807-5762. https://doi.org/10.1590/S1414-32832000000100025.


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Pr. Psi. Jor. Jônatas David Brandão Mota

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